Explicamos as principais dúvidas envolvendo fertilidade

Existem hábitos e atitudes diárias que aumentam as chances de fertilidade. Por isso, explicamos as principais dúvidas envolvendo o assunto, confira!

1. Há um momento e frequência ideal para tentar engravidar?

Um documento recentemente publicado pela Sociedade Brasileira de Medicina Reprodutiva traz conselhos que elevam as chances de sucesso. A entidade recomenda seguir a janela fértil e ter uma relação sexual por dia ou a cada dois dias nessa fase. A janela fértil se inicia, em média, duas semanas após a menstruação. Caracteriza-se pelo aumento do muco cervical, que funciona como substrato energético para o espermatozoide. No cenário ideal, a relação sexual deve acontecer 24 a 36 horas antes da ovulação. 

2. A idade faz diferença só para a mulher?

Novos estudos mudaram essa percepção. Com o tempo, tanto a quantidade e qualidade do esperma sofrem alterações. A mobilidade das células sexuais pode cair em até 37% em homens de 50 anos. Hoje, orienta-se que o casal procure um especialista em reprodução assistida após um ano de tentativas frustradas.

3. Os testes para o período fértil valem a pena?

O mais certeiro é o exame de ultrassom; porém, há métodos realizados em casa que podem funcionar. Um deles mensura o hormônio luteinizante (LH). Por meio da urina, a mulher pode identificar um aumento do LH, que ocorre de 24 a 48 horas antes da ovulação – é o melhor momento para a fecundação. Observar o muco cervical é outra alternativa, pois no pico de fertilidade a secreção fica mais volumosa, com tom claro e textura escorregadia. 

4. Lubrificantes vaginais interferem no processo?

Melhor não utilizá-los se a ideia é ter filhos, porque são tóxicos para o espermatozoide. A recomendação é que casais com problemas de fertilidade fiquem longe desses produtos.

5. Excesso de peso tem alguma relação?

Sim, porque a fertilidade depende dos hormônios. A obesidade desregula-os, além de criar um cenário inflamatório nocivo aos gametas.  Homens com IMC acima de 35 apresentam maior chance de ficar sem espermatozoides. No caso das mulheres, os riscos de sofrer com menstruação irregular e aborto espontâneo crescem. 

6. Qual a influência da atividade física?

Exercitar-se é importante para melhorar a circulação, a oxigenação das células e o aproveitamento de glicose. Ponto para os óvulos e espermatozoides. As atividades físicas devem ser feitas com moderação e regularmente, nada de exagerar.

7. Anabolizantes interferem na fertilidade?

Sim, interferem. Ao recorrer a anabolizantes à base de testosterona, o corpo entende que existem hormônios além da conta e cessa a produção natural. Os testículos param de fabricá-lo e deixam de gerar os espermatozoides. Eles podem voltar ao normal, mas tudo depende do tempo e da dose de uso. Na mulher, essas substâncias deixam o ciclo menstrual irregular. 

8. As DSTs têm algum papel nessa história?

As principais vilãs são a clamídia, gonorreia e sífilis. As bactérias dessas doenças sexualmente transmissíveis desregulam a produção, o armazenamento e a trajetória dos gametas. Na mulher, podem atacar as trompas. Já nos homens, inflamam o epidídimo, tubo atrás dos testículos que armazena e transporta os espermatozoides ou o próprio testículo. Por isso, é importante sempre fazer um check up anual, a fim de tratar as infecções o quanto antes. 

9. Existe uma dieta mais adequada para a fertilidade?

O que faz a diferença é ter uma alimentação equilibrada. A boa alimentação evita o estresse oxidativo, que causa danos às células. Evite produtos ultraprocessados e invista mais em frutas, verduras e grãos integrais. 

 

Para mais informações, acesse a página do Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida do Hospital Moinhos de Vento e confira todas as orientações atualizadas sobre fertilidade clicando aqui.