A infertilidade é um dos problemas de saúde mais comuns em pessoas em idade reprodutiva e, de acordo com a OMS, cerca de 17% da população global enfrenta algum problema de fertilidade.
As principais causas estão associadas a fatores masculinos relacionados a qualidade e a quantidade de espermatozoides, fatores femininos relacionados a endometriose e problemas nas tubas uterinas, causas hormonais e idade avançada. Também, fatores ambientais como estilo de vida, alimentação, sedentarismo, fumo, álcool e padrão de sono também contribuem para a infertilidade. Da mesma forma, também tem se discutido a influência dos fatores psicológicos, como a depressão, sobre a capacidade reprodutiva.
A depressão, que se caracteriza principalmente por tristeza, desânimo, distúrbios do sono e desinteresse pelas atividades cotidianas que antes eram consideradas agradáveis, afeta mais mulheres do que homens e estima-se que cerca de 14% das mulheres recebam este diagnóstico durante os anos reprodutivos.
Estudos têm mostrado que depressão durante os tratamentos de reprodução assistida interferem negativamente nos resultados e que aqueles casais que recebem acompanhamento e tratamento psicológico aumentam suas taxas de gestação quando comparados com casais que não recebem, sugerindo que a melhora na saúde mental traz benefícios também para a saúde reprodutiva.
Com base nesses dados, é importante que as equipes e os profissionais de saúde estejam atentos a sinais e sintomas depressivos para que seja feita uma abordagem global, focada não somente na infertilidade, mas em todos os seus desdobramentos, para que seja oferecido suporte emocional e terapêutico nesses casos.