Segundo recente publicação da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em 2019 cerca de 21% dos adultos nos Estados Unidos consumiam cigarro convencional ou eletrônico (vapes). O hábito de fumar é mais frequente entre os homens, mas entre mulheres na faixa etária de 25 a 44 anos, a prevalência de fumantes é de 14% e 8% refere que fuma durante a gestação.
O cigarro na gestação é um problema de saúde pública e está associado com prematuridade, restrição de crescimento intrauterino, descolamento de placenta, ruptura prematura de membranas e mortalidade perinatal.
Mas o impacto negativo do cigarro também se dá sobre a fertilidade. A esse respeito, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva conclui que:
- O fumo está associado à diminuição da fecundidade em mulheres, bem como ao aumento dos riscos de abortamento espontâneo e gestação ectópica
- O cigarro parece acelerar a perda da função reprodutiva e pode antecipar a menopausa em um a quatro anos
- O cigarro está associado a piores resultados na fertilização in vitro (FIV), sendo que as fumantes necessitam quase o dobro de tentativas de FIV para engravidar quando comparadas com o grupo de não-fumantes
- Estudos em animais sugerem que os cigarros eletrônicos trazem danos para a saúde reprodutiva e seu uso não é seguro na gestação.
Finalizando, os estudos mostram que é importante adotar medidas educativas que informem sobre os efeitos nocivos dos cigarros convencionais e eletrônicos sobre a saúde em geral e, especificamente, sobre a saúde reprodutiva. Além disso, suporte emocional, medicamentoso e acompanhamento a longo prazo devem ser oferecidos a todos os fumantes para que consigam interromper o consumo de cigarro.