Crianças Nascidas De Doação De Gametas E Relações Familiares

Recente publicação mostra estudo que acompanhou durante 20 anos 65 famílias cujos filhos nasceram de óvulos doados, sêmen doado ou útero de substituição. Este estudo, conduzido por Susan Golombock, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), é o primeiro a avaliar por tão longo período as relações entre pais e filhos e os ajustes psicológicos em famílias onde, além do pai e da mãe, uma terceira pessoa colaborou para os nascimentos desses bebês, doando óvulos, sêmen ou gestando.

Os resultados mostraram não haver diferença no bem-estar psicológico ou na qualidade das relações familiares entre essas crianças e as nascidas naturalmente. Entretanto, os achados desse estudo sugerem que contar à criança sobre a sua origem biológica cedo, antes de sua entrada na escola, ou seja, até os sete anos, pode ser vantajoso para as relações familiares.

Segundo a pesquisadora, ao contrário do que muitas pessoas pensam, famílias com filhos nascidos com gametas doados ou de úteros de substituição estão indo muito bem. Hoje, existem cada vez mais famílias formadas com auxílio da reprodução assistida, mas há 20 anos atrás, quando a pesquisa foi iniciada, as atitudes eram bem diferentes. O que essa pesquisa mostra é que ter bebês de novas e diferentes formas não interfere nas relações familiares. O que realmente importa é querer ter filhos.

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