Gravidez não planejada e doenças sexualmentre transmissíveis (DSTs) são as principais consequências negativas do sexo desprotegido. Muitas gestações não planejadas terminam em aborto: no Brasil, a prática é legalizada somente em situações específicas e, quando realizado de forma ilegal, apresenta grande risco de infecções.
Em países onde este procedimento é legalizado, usualmente os riscos são baixos. Entretanto, quando o aborto é ilegal, ele é uma causa importante de complicações e mortalidade feminina. Por outro lado, se a gestação não planejada prossegue, frequentemente está associada com mães criando seus filhos sozinhas, reduzindo oportunidades para a mãe e a criança.
As doenças sexualmente transmissíveis aumentam o risco de infertilidade, gestação ectópica, câncer de colo uterino e morte por HIV. O que se observa é que mulheres em risco para gestações indesejadas também estão em risco para DSTs. Infelizmente, os métodos que melhor previnem estas doenças (camisinha masculina e feminina) não são os mais eficazes para prevenir gravidez, quando comparados com DIU ou anticoncepcionais hormonais. Por outro lado, estes métodos muito efetivos para prevenir gravidez em nada protegem contra doenças.
Segundo especialistas, o método ideal seria aquele que prevenisse infecções e gestação simultaneamente. Como, por enquanto, este método não existe, fica a importância de reforçar o uso de camisinha sempre, aliada a outro método contraceptivo, para prevenção da gestação não desejada e das doenças sexualmente transmissíveis.
Por: Dra. Isabel de Almeida