Reserva Ovariana Baixa E Risco De Aborto

A reserva ovariana expressa a quantidade de folículos primordiais que a mulher apresenta naquele momento da vida. Na prática, essa avaliação é realizada através da dosagem no sangue do hormônio anti-mulleriano (AMH) ou da contagem dos folículos antrais por ecografia transvaginal.

O uso desses marcadores serve para avaliar a resposta ovulatória que as mulheres terão quando forem fazer uma FIV ou um congelamento de óvulos. Por outro lado, esses exames não conseguem prever a chance de uma mulher engravidar naturalmente.

Recentemente, alguns estudos têm investigado se existe relação entre reserva ovariana baixa e maior risco de abortamento. Publicado este ano, um estudo avaliou mulheres com menos de 35 anos e índice de massa corporal (IMC) <30, que engravidaram com fertilização in vitro ou inseminação intrauterina. Foram excluídas do estudo gestações gemelares e ectópicas, assim como gestações com malformações, desordens genéticas e cromossômicas ou que apresentavam risco já definido para aborto, como diabete mal controlada, problemas de tireoide, síndrome antifosofoliídeos, entre outras causas.

No total, foram avaliadas 538 gestantes, onde 83% ganharam bebê e 17% abortaram. Os valores de AMH foram iguais nos dois grupos, demonstrando que não existe relação entre abortamento e dosagem de AMH em mulheres jovens que engravidam com técnicas de reprodução assistida.

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