Em um ciclo de fertilização in vitro são utilizadas medicações que estimulam os ovários a produzir mais folículos. Consequentemente, é comum que sejam formados vários embriões. Em torno de 25% dos nascimentos de fertilização assistida são gemelares, uma taxa acima da encontrada na população em geral (uma em cada oitenta gestações). Atualmente, as técnicas de congelamento de óvulos e embriões têm permitido que o excedente, ou seja, aqueles embriões que não foram transferidos, possam ser guardados com segurança para serem utilizados meses ou anos depois.
Entretanto, uma pergunta bastante frequente entre os casais que realizam estes procedimentos é: qual o número ideal de embriões que deve ser colocado no útero de uma só vez, de forma que não aumente os riscos gestacionais, mas também garanta uma boa taxa de gravidez?
Existe a este respeito recomendação do Conselho Federal de Medicina orientando que sejam transferidos, no máximo, quatro embriões por ciclo. No entanto, existe uma tendência mundial de reduzir o número de embriões para dois ou no máximo três por ciclo, como forma de prevenir complicações como gestações múltiplas, maiores taxas de abortamento e prematuridade, o que sem dúvida traz um impacto emocional muito grande para o casal e sua família.
Ainda, pode ser transferido um único embrião por ciclo, caso haja contraindicação absoluta para gestação gemelar ou quando o casal não aceita o risco de gestação múltipla, embora a transferência de embrião único tenha uma taxa de gestação mais baixa.
Postado por Isabel de Almeida – Porto Alegre