Neste segundo semestre, foi publicado um consenso para a Organização Mundial de Saúde sobre o manejo da infertilidade em pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP). Seguem abaixo as principais conclusões.
A SOP é a desordem hormonal mais comum em mulheres e contribui com 80% dos casos de infertilidade feminina por causa ovulatória. Para que seja feito o diagnóstico, é necessário que estejam presentes pelo menos dois dos três achados: ausência de ovulação, ecografia mostrando ovários policísticos e sinais clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo (excesso de testosterona).
Quando a mulher com SOP deseja engravidar, ela deve ser informada sobre os riscos de desenvolver diabete gestacional, pré-eclâmpsia e parto prematuro. Para as mulheres que têm SOP e apresentam sobrepeso ou obesidade, a mudança no estilo de vida, com dieta e atividade física visando a perda de peso, deve ser a primeira recomendação. Em alguns casos selecionados, a cirurgia bariátrica pode estar indicada.
A indução de ovulação deve ser feita com medicamentos indutores como citrato de clomifeno ou letrozol. A associação com metformin, que é um medicamento utilizado para tratar diabete, também está indicada para algumas pacientes. No caso de não se ter uma boa resposta ovulatória com estas medicações, o uso de medicamentos hormonais injetáveis e a fertilização in vitro podem ser opções.
Por: Dra. Isabel de Almeida