Três dias após o óvulo ser fertilizado, o embrião tem em torno de 6-10 células. Já no quinto/sexto dia, este embrião será um blastocisto. A dúvida que frequentemente surge é: o que é melhor transferir embrião no dia 3(D3) ou no dia 5(D5)?? E a resposta que damos é: depende de cada caso. Se a paciente tem idade acima de 40 anos, falhas de implantação prévias ou outra indicação para realizar diagnóstico genético pré-implantacional, e optou por fazer esse teste, terá de aguardar o embrião evoluir a blastocisto, pois somente nesse estágio o embrião poderá ser biopsiado.
Mas, e nas demais pacientes, como devemos proceder? Nas pacientes de bom prognóstico, que são aquelas que têm cinco ou mais embriões fertilizados no primeiro dia, levar a blastocisto tem se mostrado uma boa opção, reduzindo o número de gestações gemelares e diminuindo o tempo para obter a tão desejada gestação.
Entretanto, em pacientes com não tão bom prognóstico, que são aquelas que têm no máximo quatro embriões fertilizados no primeiro dia, levar a blastocisto traz o risco de perder embriões que estão viáveis no Dia 3, mas que podem não sobreviver a cinco dias de cultivo em estufa, porque muitas vezes as condições in vivo são melhores do que as condições in vitro.
Dessa forma, entendemos que transferir embriões no Dia 3 ou no Dia 5 não deve ser uma decisão fechada, mas sim avaliada e discutida caso a caso, levando em conta o histórico prévio, o número e a qualidade dos embriões, a realização ou não de biópsia embrionária e a visão do casal, considerando os riscos e as frustrações que cada escolha determina.
