Por meio das redes sociais, cresce a busca pela chamada inseminação caseira – que é uma forma de engravidar sem ter relações e sem a ajuda de um serviço de reprodução assistida. Divulgada como mais acessível em termos de custos, é uma prática que parece ter apenas vantagens. No entanto, os riscos à saúde são sérios, podendo trazer complicações à tão sonhada gravidez de mulheres independentes ou casais homoafetivos femininos.
Os bancos de sêmen que atuam de forma profissional possuem capacitação e especialização nessa área, que envolve intervenções delicadas e complexas. Os potenciais doadores passam por uma triagem muito criteriosa e tem seu anonimato garantido. Há ainda um controle geográfico das amostras, evitando repetição sem controle – e o risco da consanguinidade no caso de possível relacionamento entre irmãos oriundos desses procedimentos.
Além disso, são feitos testes genéticos e e pesquisa de infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, sífilis, HIV, hepatites, zika vírus, entre outros. Os exames de sangue para ISTs são feitos duas vezes, com intervalo de alguns meses após a coleta. O sêmen é liberado para uso somente se as duas amostras forem negativas. A medida evita que a mulher inseminada sofra com possíveis doenças, preservando também a saúde do bebê que será gerado.
Igualmente, as inseminações que ocorrem em serviços de saúde são feitas em ambientes controlados, seguindo normas nacionais e internacionais, e contam com profissionais especializados nestes procedimentos, levando a uma maior taxa de sucesso.
Fazer tudo em casa pode ser barato, mas os riscos associados são muito mais caros. Trazem prejuízo financeiro, físico e emocional à mulher e ao bebê que pode vir a ser gerado. Em caso de dificuldade para engravidar, a paciente deve buscar acompanhamento especializado, que oferecerá soluções adequadas ao seu caso – e prezando, acima de tudo, pela sua saúde e segurança.