A infertilidade pode ocupar um espaço exageradamente grande na vida de um casal, afetando sua saúde emocional.
E uma saúde emocional fraca é o principal fator que explica o atraso na busca de ajuda profissional especializada e a falta de retorno aos tratamentos indicados, com casais desistindo de voltar às consultas quando o diagnóstico não é otimista.
Apesar dos grandes avanços na área de reprodução assistida, aproximadamente metade dos casais inférteis nunca procurou um serviço especializado. Da metade que procurou assistência, 20% esperou mais de dois anos para consultar um especialista. Quando se investiga a razão para esta demora, observa-se que as principais causas são a falta de consciência do problema e o medo de não conseguir engravidar.
O sofrimento psíquico determinado pela infertilidade é a principal causa de abandono dos tratamentos.
Quanto mais o casal e os profissionais envolvidos no tratamento da infertilidade entenderem as barreiras emocionais que existem, mais hábeis estarão para lidar com esta situação. O uso de recursos que deem suporte emocional, que diminuam a ansiedade e ajudem o casal a manejar as dificuldades da investigação e dos tratamentos da infertilidade são fundamentais.
Os casais que conseguem transpor este obstáculo terão grandes chances de sucesso, pois tendem a dar maior continuidade aos tratamentos, aumentando as suas taxas de gestação.
Por Dra. Isabel de Almeida e Dr. Eduardo Passos