O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do país que mais congelou embriões no ano passado: foram mais de 7 mil, o que representa 8% do total nacional. O Brasil aumentou 18,7% o número de procedimentos de reprodução humana assistida; entretanto, a oferta não vem acompanhando a demanda crescente pelo serviço. Pensando nisso, o Hospital Moinhos de Vento inaugurou, no dia 19 de novembro, seu Centro de Fertilidade para concretizar o sonho de muitos casais.
O Hospital busca ser destaque nacional e internacional em todos os seus serviços, reunindo grandes profissionais da área de reprodução assistida com uma estrutura de alta qualidade e equipamentos de ponta. O presidente do Conselho de Administração, Dr. Eduardo Bier, enfatizou que ações como essa demonstram por que a instituição foi reconhecida recentemente como o terceiro melhor hospital do Brasil e o 11° da América Latina.
Instalado no quinto andar do Bloco B (Rua Tiradentes, 333), o centro conta com 270 m² de área. São três consultórios, salas de exames de imagem, de cirurgia, dois boxes independentes de recuperação e três laboratórios – de reprodução assistida, processamento de sêmen e criopreservação. O total investido foi de R$ 5 milhões, havendo expectativa de que sejam realizados 20 ciclos de fertilização in vitro por mês, além do congelamento de óvulos e espermatozoides.
O Centro é coordenado pelos ginecologistas Eduardo Pandolfi Passos e Isabel Cristina Amaral de Almeida, que destacam dois grandes diferenciais que serão oferecidos: segurança na guarda de material congelado e atendimento integrado aos demais serviços do Hospital Moinhos de Vento. Segundo Passos, os três principais fatores que justificam a procura são a infertilidade, decisão das mulheres de adiar uma gestação e a necessidade de preservar os gametas em caso de pacientes que precisam aderir a alguns tipos de tratamentos, como os oncológicos. A procura também cresceu entre casais homoafetivos, que representam 10% do público que solicita o serviço.
Inovação para pacientes oncológicos
Projeções estimam que, em poucos anos, o câncer será a maior causa de mortes no Rio Grande do Sul, ultrapassando doenças cardiovasculares, que hoje ocupam a primeira posição. Os diagnósticos precoces, por outro lado, avançaram e aumentam as chances de cura. Quimio, radio e imunoterapia podem afetar a fertilidade de até 80% das mulheres e 70% dos homens submetidos a esses tratamentos. Com os serviços integrados dentro da mesma estrutura física, essas pessoas poderão ser atendidas em até 48 horas depois do diagnóstico, garantindo a preservação dos gametas sem atrasar o início do tratamento para o tumor, o que reflete a inovação.
Tudo no seu tempo
Foco na carreira profissional, desejo de estudar fora, viajar mais, planos de ascender intelectual e economicamente são algumas das razões que explicam a decisão em adiar uma gravidez. No Hospital Moinhos de Vento, segundo em que mais nascem pessoas (chegando a 360 em alguns meses), a média de idade das mães é de 34 anos. Um terço delas passou por algum processo de fertilização ou reprodução assistida. Atualmente, o congelamento de óvulos corresponde a 30% da procura pelos serviços de reprodução assistida. As mulheres vivem mais, com maior qualidade, mas não ocorre o mesmo com os ovários. Por isso, para quem pretende ser mãe mais tarde, a recomendação é congelar os óvulos antes dos 35 anos, evitando a perda de qualidade.
Fonte: Hospital Moinhos de Vento