O conhecimento que temos hoje do processo reprodutivo é muito recente, se considerarmos a história da humanidade.
Até a Idade Média, nos meios científicos prevalecia a teoria dos chamados “ovistas”, que acreditavam estar o ser humano miniaturizado dentro do corpo da mulher.
Entretanto, em 1678, graças à invenção do microscópio, foi possível observar espermatozóides no sêmen humano. Esta descoberta estimulou muitos debates acerca da função dos espermatozóides, mas estes debates ainda estavam bem longe de relacionar os espermatozóides como agentes da concepção.
Porém, com esta descoberta, uma nova teoria surgiu, para se contrapor a dos “ovistas”. Surgia, neste momento, a teoria dos “animaculistas”, que acreditava estar o ser humano miniaturizado no interior do espermatozóide.
Estas teorias da reprodução perduraram até 1770, quando outro cientista , Spallanzani, conseguiu demonstrar que, para a formação do ser humano, era necessária a presença tanto do óvulo quanto do espermatozóide.
A partir daí, os conceitos começaram a se embasar de forma mais científica e, em 1790, foi realizada a primeira inseminação artificial. De lá para cá, inúmeras descobertas têm sido feitas, até que, em 1978, há 30 anos atrás, nascia o primeiro bebê de fertilização `in vitro”.
Passaram-se exatamente 300 anos desde a identificação do espermatozóide ao microscópio até o nascimento de primeiro bebê de proveta e muito mais tempo do que isso para que conseguíssemos entender, ainda que não por completo, o processo da reprodução humana.
Hoje, graças a estes avanços e a novas tecnologias, conseguimos ajudar casais que têm dificuldade para gestar espontaneamente a realizarem seu sonho de maternidade e paternidade, sempre respeitando os conceitos éticos e científicos e, sobretudo sem perder a sensibilidade e a emoção que devem sempre nortear o surgimento de uma nova vida.
Postado por Isabel de Almeida – Porto Alegre