Segundo especialistas da Sociedade Europeia de Reprodução Humana, reunidos neste ano de 2014, a atividade sexual sem proteção é uma das principais causas de doença e mortalidade em países em desenvolvimento. Gestações não planejadas e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são as principais consequências negativas do sexo sem proteção.
Muitas gestações não planejadas terminam em aborto. Em países onde este procedimento é legalizado, usualmente os riscos são baixos. Entretanto, quando o aborto é ilegal, ele é uma causa importante de complicações e mortalidade feminina. Por outro lado, se a gestação não planejada continua, frequentemente está associada com mães criando seus filhos sozinhas, reduzindo oportunidades para a mãe e a criança.
As doenças sexualmente transmissíveis aumentam o risco de infertilidade, gestação ectópica, câncer de colo uterino e morte por HIV. O que se observa é que mulheres em risco para gestações indesejadas também estão em risco para DSTs. Infelizmente, os métodos que melhor previnem estas doenças (camisinha masculina e feminina) não são os mais eficazes para prevenir gravidez, quando comparados com DIU ou anticoncepcionais hormonais. Por outro lado, estes métodos muito efetivos para prevenir gravidez em nada protegem contra doenças.
Segundo especialistas, o método ideal seria aquele que prevenisse infecções e gestação simultaneamente. Como, por enquanto, este método não existe, fica a importância de reforçar o uso de camisinha sempre, aliada a outro método contraceptivo, para prevenção da gestação não desejada e das doenças sexualmente transmissíveis.
Por: Dra. Isabel de Ameida