Gestação Gemelar e Fertilização In Vitro

O objetivo dos tratamentos de infertilidade é o nascimento de um bebê saudável de cada vez.

Quando um casal engravida espontaneamente, as chances de gestação gemelar dizigótica, onde os gêmeos não são idênticos, variam de acordo com a etnia, sendo menor no Japão, por exemplo, e maior na Nigéria. Além disso, também são fatores que aumentam o risco de gemelaridade dizigótica a idade materna avançada, ter tido vários filhos previamente e o histórico familiar de gemelaridade.

Entretanto, nos tratamentos de fertilização muitas vezes são transferidos mais de um embrião, o que aumenta a possibilidade de gestação múltipla dizigótica. Além disso, o risco de gestação gemelar monozigótica, onde os gêmeos são idênticos, é maior nos pacientes que fazem fertilização, principalmente nos casos onde são transferidos blastocistos.

Sabe-se que as gestações múltiplas aumentam os riscos materno-fetais. As principais complicações são pré-eclâmpsia, diabete gestacional e prematuridade. Além disso, complicações menores, como excesso de ganho de peso, anemia, refluxo, constipação, hérnias abdominais, entre outros, também podem ocorrer.

Também, descolamento de placenta e placenta baixa são mais comuns em gestações gemelares.

Dessa forma, avaliar cada caso, considerando idade materna, número de tentativas prévias, qualidade embrionária, presença ou não de embriões geneticamente testados, entre outros fatores, é importante para ajudar a diminuir os casos de gestação múltipla.

Também vale lembrar que as pacientes que não fazem fertilização in vitro, mas somente usam medicação para estimular a ovulação, também têm um risco aumentado de gestação gemelar. Nesses casos, usar a medicação adequada, na menor dose necessária, além de realizar ecografias seriadas para avaliar a resposta dos ovários , são medidas muito importantes para diminuir o risco de gemelaridade.