Existem dois tipos de gestação gemelar: as monozigóticas, onde um embrião se divide em dois ou mais, dando origem a gêmeos idênticos, e as gestações gemelares dizigóticas, onde cada óvulo é fertilizado por um espermatozoide, dando origem a bebês que nascem ao mesmo tempo, mas que são somente irmãos, sem serem idênticos.
Recentemente, mulheres famosas como Beyoncè e Amal Alamudin, anunciaram gestações gemelares e a pergunta que surge é: estão as gestações gemelares aumentando? E a resposta é sim, estão. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, em 1975, a cada 1000 partos, cerca de 10 eram gemelares. Em 2012, este número saltou para 17. Em alguns países europeus, como a Dinamarca, este salto foi ainda maior, em torno de 20 casos a cada 1000 nascimentos.
Um dos fatores que contribuiu para o aumento da gemelaridade foi o surgimento da fertilização ” in vitro”. No início da técnica, nas décadas de 80 e 90, as taxas de gemelaridade eram maiores. Hoje, quase não se veem nascimentos de trigêmeos ou mais, porque as técnicas de congelamento de óvulos e embriões têm possibilitado transferir menos embriões ao útero de cada vez, guardando-os em segurança para transferências futuras.
Um outro fator que também contribui para a gemelaridade é a postergação da maternidade, uma vez que mulheres férteis que engravidam naturalmente próximo dos 40 anos também têm uma taxa maior de gestação gemelar. Já os gêmeos monozigóticos são imprevisíveis e continuam nascendo na proporção de sempre, 3-4 partos a cada 1000.
É importante monitorar os casos de gemelaridade, porque caracterizam gestações de alto risco, com maiores chances de bebês prematuros e com baixo peso, que necessitem de internação em UTI neonatal.
Por: Isabel de Almeida