Tradicionalmente, o conceito que temos de família é a composta por um homem, uma mulher e seus filhos. Este conceito nem sempre foi realizado e, recentemente, tem mudado em função do aumento dos índices de divórcio, filhos fora do casamento, adoção, reprodução assistida, reconhecimento dos direitos da mulher e uniões homossexuais.
Os serviços de reprodução assistida têm recebido frequentemente casos de mulheres sem parceiros e casais homossexuais que buscam auxílio para engravidar. Nas várias clínicas espalhadas pelo mundo, existe uma variedade de respostas a estes questionamentos, em função da legislação, da cultura e dos costumes de cada país. Existem defensores e opositores de que mulheres sozinhas ou casais homossexuais possam cuidar adequadamente de crianças.
O que diversos estudos de seguimento destes casos têm mostrado é que o desenvolvimento intelectual, social e emocional das crianças nascidas nestes tipos de relação é o mesmo das crianças oriundas de relacionamentos heterossexuais.
Assim, em junho deste ano, o Comitê de Ética da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva concluiu que negar o acesso de mulheres sozinhas ou casais homossexuais aos serviços de fertilidade com base no seu status marital ou na sua orientação sexual não se justifica. Isto, sem dúvida, abre uma discussão mais ampla em vários países e em vários segmentos da sociedade.
Postado por Isabel de Almeida – Porto Alegre