Durante muitos anos, o planejamento familiar foi direcionado para a anticoncepção, prevenindo gestações não desejadas e postergando aquelas planejadas.
Este planejamento facilitou o desenvolvimento econômico, a melhora nos níveis de educação e possibilitou às mulheres desenvolverem carreiras profissionais.
Por outro lado, a taxa total de fertilidade, ou seja, o número de crianças nascidas/mulher, também diminuiu, de maneira que a previsão é que em 2100 todos os países estejam abaixo da linha de reposição da população. Isso impacta de forma positiva, como por exemplo na qualidade do atendimento às crianças, mas também de forma negativa, uma vez que uma população envelhecida utiliza mais os serviços de saúde e de aposentadoria e haverá menor força de trabalho jovem.
Isto tem levado vários países a adotarem programas de estímulo à maternidade, como incentivo financeiro e maior acesso às técnicas de reprodução assistida. Embora, em alguns países, cerca de 10% dos nascimentos já ocorram por fertilização in vitro, o alto custo dos tratamentos ainda torna este processo inacessível para muitas pessoas.
É cada vez mais necessário que se discuta a fertilidade e o planejamento reprodutivo, conscientizando os jovens sobre a importância da anticoncepção no planejamento familiar, mas também sobre fatores que podem levar à infertilidade no futuro, como infecções sexualmente transmissíveis, diminuição do número de óvulos com a idade, consumo excessivo de álcool, cigarro, obesidade, má nutrição, poluentes ambientais, entre outros fatores. Planejar o melhor momento de formar uma família é muito importante, mas também é bom ter presente que a fertilidade é finita e a postergação demasiada pode levar a dificuldades para engravidar.
Se você pensa em ter filhos no futuro, informe-se.
Converse com seu médico.
