A obesidade é um dos problemas que afeta grande parte da população brasileira: segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 96 milhões de pessoas, ou seja, 60,3% dos adultos do Brasil apresentam excesso de peso, com IMC maior que 25 kg/m².
A maior prevalência é entre o sexo feminino: 62,6% das mulheres estão com sobrepeso. E esse pode ser justamente o maior inimigo na hora de engravidar. A obesidade aumenta o risco de hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, apneia do sono, osteoartrite e até mesmo alguns tipos de câncer. Do ponto de vista reprodutivo, pode causar infertilidade e levar a complicações na gestação. O problema está associado com disfunções ovulatórias, menor resposta aos medicamentos indutores da ovulação, modificações no endométrio e menores taxas de gestação. Em homens, pode alterar a contagem e qualidade dos espermatozoides.
Modificar o estilo de vida, com alimentação saudável e prática de atividades físicas, é a primeira medida no combate à obesidade. Mulheres submetidas à cirurgia bariátrica devem adiar a gravidez por um ano após a operação, a fim de evitar que o feto seja exposto a deficiências nutricionais que se estabelecem após a rápida perda de peso.
Casais em que ambos estão acima do peso devem procurar reduzi-lo antes de engravidar, a fim de prevenir a infertilidade e as possíveis complicações. Porém, é necessário considerar a idade do casal, pois a idade também influencia na fertilidade. Agende sua avaliação e planeje-se com segurança.