Os malefícios do cigarro são cada vez mais conhecidos, mas boa parte da população jovem, entre 18 e 24 anos, continua consumindo. Contudo, as consequências relacionadas à fertilidade são desconhecidas nessa faixa etária. Hoje, o plano da maioria dos casais é ter filhos depois dos 30 anos. Só que o uso prolongado do tabaco pode impactar significativamente a reprodução.
Em relação à fertilidade feminina, o cigarro tem chances de comprometê-la devido à redução no número de óvulos disponíveis, além de aumentar os riscos de aborto e fazer com que a mulher entre mais precocemente na menopausa. A receptividade uterina é afetada, já que as substâncias encontradas no tabaco chegam ao endométrio. Dessa forma, há menos possibilidade de o embrião se implantar e desenvolver no útero para se tornar um feto. Mulheres fumantes necessitam, em geral, de doses maiores de hormônios que estimulam os ovários, além de apresentarem níveis menores de estradiol, resultando em menos óvulos maduros para fecundação. Durante a gestação, o fumo deve ser proibido, pois causa prejuízos ao feto, danificando a vascularização da circulação placentária e o crescimento intra-uterino.
Nos homens, uma das consequências possíveis é a diminuição e mortalidade dos espermatozoides, bem como a perda de qualidade do sêmen: o consumo de tabaco se relaciona a algumas modificações nos valores de espermograma, como o volume seminal, a mobilidade e a concentração de espermatozoides. O cigarro também piora os resultados dos tratamentos de reprodução assistida, aumentando a probabilidade de insucesso. Por isso, se você quiser ter um filho, abandone o fumo o quanto antes e evite o surgimento de problemas em sua saúde reprodutiva.