O Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento foi inaugurado neste mês, unindo tecnologia e segurança em seus serviços. Os investimentos foram de R$ 5 milhões para que o local auxilie as mulheres que desejam engravidar, além de servir como assistência da casa de saúde a pacientes em tratamento contra determinadas doenças, como o câncer.
A área instalada é de mais de 200 metros quadrados: o espaço conta com consultórios, salas de exames de imagem, área cirúrgica e de recuperação, além de três laboratórios: um é focado na reprodução assistida, outro de processamento de sêmen e o terceiro para a preservação de óvulos congelados. Estima-se que sejam realizados cerca de 25 ciclos (tratamentos) mensais. O novo centro ainda tem o diferencial de ajudar os pacientes que estão em tratamento no hospital.
O doutor Eduardo Passos e a doutora Isabel Almeida coordenam os trabalhos. Para eles, atender os pacientes oncológicos é um diferencial, em que será possível retirar os óvulos antes do início do tratamento da doença. Tratamentos como quimioterapia ou radioterapia podem prejudicar a fertilidade e até mesmo tornar as mulheres inférteis, por isso o avanço é significativo. Existem ao menos quatro fatores que explicam a crescente busca pela reprodução assistida: infertilidade, aumento dos casos de câncer e postergação da maternidade.
Em todo o mundo, aumentou a idade média para se ter o primeiro filho. As mulheres têm longevidade, mas o processo não é o mesmo com os ovários. Por isso, há a orientação de que as mulheres congelem os óvulos antes dos 35 anos, pois a partir dessa idade ocorre uma perda na qualidade deles. A idade média da mulher que faz reprodução é de 37 anos, faixa etária em que já é mais difícil engravidar.
Segundo o 12° relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), publicado neste ano, o Rio Grande do Sul é o quarto estado com maior número de ciclos realizados (ano base 2018). Foram, ao todo, 2.888. Já o número de embriões congelados é de 7.016, colocando o estado na terceira colocação nacional, atrás somente de São Paulo e Minas Gerais.
Foto: Félix Zucco | Agência RBS