Câncer e fertilidade

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2016 haverá mais de 400.000 casos novos de câncer no Brasil. Nas mulheres, o tumor que aparece em primeiro lugar é o de mama. Quando este tipo de tumor atinge mulheres jovens, em idade reprodutiva, é possível que os tratamentos de quimioterapia possam levar à infertilidade.

Oportunizar às pacientes jovens a possibilidade de gerarem seus filhos no futuro tem sido um dos objetivos dos tratamentos oncológicos, uma vez que os pacientes que se curam de câncer mas ficam inférteis passam por grande sofrimento psíquico.

Nos homens, a preservação da fertilidade usualmente se dá por congelamento de amostras de sêmen, que é um procedimento simples e já bem estabelecido há várias décadas. Entretanto, nas mulheres os procedimentos de preservação da fertilidade são um pouco mais complexos, e envolvem uso de medicações para estimular a ovulação e técnicas de congelamento de óvulos, tecido ovariano e embriões.

Sabemos que os procedimentos para preservação da fertilidade não são uma garantia absoluta de que estes pacientes serão pais e mães no futuro, mas oferecem uma grande esperança de gestação para os pacientes jovens com câncer e por isto devem ser discutidos com os mesmos antes do início dos tratamentos.

Dra. Isabel de Almeida