No dia 24 de maio comemorou-se o Dia Nacional do Café. Num país como o Brasil, que tem uma vinculação histórica com esta planta e que se situa entre os maiores produtores do mundo, é natural que o consumo esteja em alta.
Sabemos que a cafeína, substância presente não somente no café, mas em menor grau no chocolate, refrigerantes e chás, possibilita o aumento do metabolismo, porém, ao passar a placenta, o feto não a metaboliza. Desta forma, a recomendação médica tem sido de que as grávidas consumam no máximo 4-5 xícaras de café expresso por dia ou o equivalente a 300mg de cafeína/dia.
Recentemente, foi publicado em uma revista científica americana a possibilidade de que o uso excessivo de cafeína possa estar relacionado a abortamento. Um outro estudo, publicado também este ano, com número maior de pacientes, não comprovou esta associação, ficando as gestantes liberadas para o uso do café.
Como os resultados da relação entre consumo de café e risco de aborto espontâneo são controversos, a prudência sugere reduzir o consumo durante a gravidez. Para aquelas mulheres que tradicionalmente consomem muito mais de 4 xícaras de café expresso por dia e não conseguem reduzir durante a gestação, uma alternativa seria o uso do café descafeinado durante este período. Afinal, o equilíbrio e a moderação não devem jamais ser esquecidos durante a gestação.