A maternidade é um momento e um estado. Muito além do nascimento, pois dura toda a vida da mulher.
Hoje, graças aos avanços médicos e aos métodos contraceptivos eficazes, a mulher já pode escolher quando quer gestar e quantos filhos deseja gestar.
Mas nem sempre foi assim.
Como se dava então o controle da natalidade?
Na Europa, somente a partir do Renascimento, com o melhor conhecimento da anatomia e do processo reprodutivo, é que a limitação voluntária da maternidade começou a aparecer.
Esse controle se dava de várias maneiras: pela abstinência, o que não impedia que se recorresse a outras formas de sexualidade, ou pelo coito interrompido. O problema é que estes métodos tinham falhas e não dependiam somente da mulher, e sim do casal.
Somente no século XX, a partir de 1960, com o surgimento da pílula anticoncepcional, é que o controle da natalidade passou efetivamente às mãos da mulher.
Hoje, a mulher tem condições de fazer as suas escolhas: se quer ou não gestar, qual o melhor momento para isto e quantos filhos quer ter. Infelizmente, o acesso a todas estas opções ainda não é universal, uma vez que temos milhares de mulheres à margem do sistema,em condições sócio-econômicas desfavoráveis, o que não lhes permite pensar sobre estas questões.
Mas já percorremos um longo caminho…